terça-feira, 28 de agosto de 2012

Atividades na meia-idade diminuem riscos de doenças crônicas no futuro


Praticar atividades aeróbicas como caminhar e correr durante a meia-idade não só ajuda a prolongar a expectativa de vida, mas também aumenta as chances de envelhecimento saudável, livre de doenças crônicas no futuro, conclui estudo do Instituto Cooper. Por décadas, pesquisas mostraram que um alto nível de exercício cardiorrespiratório diminui o risco de morte, mas não se sabia até que ponto poderiam ter influência com o passar do tempo.

— Descobrimos que estar em forma não é apenas uma maneira de adiar o inevitável, mas também um método para reduzir o aparecimento da doença crônica nos últimos anos de vida — diz Jarrett Berry, autor do estudo.

Os pesquisadores examinaram os dados de 18.670 pacientes, homens e mulheres, do Estudo Longitudinal do Centro Aeróbico do Instituto Cooper, banco de dados com mais de 250 mil registros médicos mantidos durante um período de 40 anos. Análises mostraram que, quando pacientes aumentaram as atividades físicas em 20% na meia-idade, conseguiram diminuir as chances de desenvolver uma doença crônica, como insuficiência cardíaca, mal de Alzheimer e câncer de cólon.

 Os efeitos foram iguais em homens e mulheres.

— O estudo demonstra que as atitudes tomadas em determinado momento da vida podem ter efeitos mais tarde — explica Benjamin Willis, coautor da pesquisa.


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Não fazer exercício pode reduzir em até 10 anos a expectativa de vida.


O exercício regular pode aumentar em até 10 anos a expectativa de vida e reduzir em até 50% a chance de desenvolver doenças crônicas, como câncer, diabetes e doenças cardiovasculares, segundo especialistas do Simpósio sobre Balanço Energético da Série Científica Latino Americana.

— O controle inadequado do balanço energético é provavelmente a principal causa de obesidade que afeta a América Latina — disse o Dr. Fernando Lavalle, presidente do Comitê Científico responsável pela organização do simpósio.

Durante o encontro, o especialista em Medicina Interna da Universidade de Rosário, na Colômbia, John Duperly, apresentou pesquisas sobre os benefícios da atividade física e mencionou que fazer uma hora diária de exercícios ativa cerca de 800 genes, que contribuem, por exemplo, para reduzir em até 50% o desenvolvimento de doenças fatais. Segundo ele, não há no mercado uma droga que substitua a prática de exercícios.

Ele explicou que cinco intervenções no estilo de vida podem reduzir o risco de até 90% de desenvolver Diabetes tipo 2. Essas mudanças são: não fumar, ter um consumo moderado de álcool, comer cinco porções de frutas e vegetais, fazer pelo menos 150 minutos de exercícios físicos por semana, equivalente a meia hora por dia, e ter um peso adequado.

— Compreender o comportamento humano e mudá-lo é o maior desafio do balanço energético — disse Duperly.

Já o pesquisador Eric Ravussin, diretor do Centro Biomédico Pennington de Pesquisa em Nutrição da Universidade da Louisiana, disse que um dos fatores determinantes para o ganho de peso da população é o aumento do consumo de gordura, que têm um maior impacto no desequilíbrio de energia e é mais nociva do que os carboidratos e açúcares.

O especialista explicou que o metabolismo do corpo humano funciona de forma diferente para carboidratos e gorduras. Enquanto que os primeiros vão para o fígado e servem para proporcionar energia ao músculo esquelético, as gorduras servem para aumentar o tecido adiposo. No entanto, segundo ele, é preciso mais estudos que tentem explicar o desequilíbrio entre a ingestão de calorias e o gasto energético:
— No meio ambiente há muitos gatilhos que podem disparar a obesidade e ainda há muitas coisas por saber.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Misturar álcool com energético pode causar problemas cardíacos


Misturar álcool com bebidas do tipo energético pode causar palpitações cardíacas e distúrbios do sono. É o que diz pesquisa realizada pela Universidade da Tasmânia, na Austrália, e publicada pelo jornal Daily Mail.

Segundo o estudo, realizado com 400 homens e mulheres entre 18 e 35 anos, os que consomem a mistura têm seis vezes mais chances de sentir o coração acelerado do que os que ingerem apenas a bebida alcoólica. Apresentam também quatro vezes mais problemas para dormir, assim como tremores, irritabilidade e momentos de exaustão.

O que provoca os sintomas é a cafeína, já que as bebidas do tipo energético contêm aproximadamente 80mg da mesma. É o equivalente a uma xícara de café instantâneo.

A pesquisa, porém, também mostra que as pessoas que consomem as duas bebidas juntas tendem a abusar menos do álcool. Os autores do estudo admitem, no entanto, que o assunto deve ser estudado ainda mais. Lembram que investigações anteriores já provaram a associação entre energéticos e problemas cardíacos por aumentar a pressão arterial. A conclusão, portanto, é que os amantes da bebida devem estar alertas quanto à dose de consumo.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Doze (boas) razões para se exercitar.


Todos sabem que exercícios fazem bem para a saúde, mas poucos se aprofundaram para descobrir como eles melhoram a qualidade de vida. Especialistas chegam a afirmar que ginástica a “melhor coisa que você pode fazer pela sua saúde”. Confira os motivos!

1. Com exercícios de 30 minutos por dia, é possível diminuir em 50% o chances de ficar resfriado. Segundo a revista “American Journal of Medicine”, isto ocorre porque a ginástica gera o aumento da circulação de glóbulos brancos no corpo, que combatem os agentes prejudiciais invasores.

2. Há 58% menos riscos de se desenvolver diabetes tipo 2. Este estudo foi coordenado por 27 institutos de saúde dos Estados Unidos e envolveu 3.234 pessoas que têm uma tolerância à glicose comprometida, condição que geralmente precede a diabetes.

3. Aumentar a quantidade de queima calórica durante o dia melhora a qualidade do sono. “Seu corpo desliga mais rápido se você tiver se exercitado porque ele precisa do sono para reparar o treino (é assim que você fica mais forte) e reabastecer a sua energia”, afirma diz Mark Stibich, consultor de pesquisa em saúde na Universidade de Colúmbia.

4. O exercício físico pode ajudar às mulheres a atingir a satisfação sexual. A pesquisa da Universidade de Indiana se baseou no movimento dos músculos da base abdominal, que ao serem submetidos a treinamento físico, poderiam levar as mulheres ao orgasmo induzido ou EIO (em inglês “exercise-induced orgasms”).

5. Se exercitar três vezes por semana tem o mesmo efeito que medicamentos prescritos contra a depressão média e moderada. Pesquisadores alemãs explicam que atletas experienciam a liberação de endorfina no cérebro, hormônio associado ao prazer.

6. É bom para a memória e para a concentração. Estudo da Universidade de Chicago mostra que estudantes que caminhavam ou corriam por 30 minutos antes de realizar qualquer atividade que pedisse trabalho da memória, tiveram melhores resultados.

7. Trabalhadores que se exercitam regularmente ganham 9% a mais do que a média. O periódico “Journal of Labor Research“ explica que exercício melhora a função cerebral, os níveis de energia e o humor, por isso os empregados podem se tornar mais valiosos.

8. As chances de câncer de mama se reduzem em 30%. A pesquisa foi divulgada pelo periódico “Cancer”, dos Estados Unidos, e investigou mais de três mil mulheres.

9. O risco de doenças coronarianas diminuem em 14% com sessões de apenas 30 minutos. O trabalho é um esforço conjunto de várias instituições norte-americanas, entre elas, o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM, em inglês), um dos mais renomados no assunto.

10. O perigo de morte prematura fica 19% menor com apenas 30 minutos de atividades leves ou moderadas, como andar ou correr, durante cinco vezes na semana. O estudo é da Universidade de Cambridge com outros institutos.

11. Aumento em 2% do hipocampo, região do cérebro considerada a principal sede da memória. Segundo a pesquisa da Universidade de Pittsburgh, há, inclusive, a diminuição do risco de se desenvolver a doença de Alzheimer.

12. Diminui de 4 a 9 mmHg a pressão sanguínea, segundo a Associação Americana do Coração. Este é a mesma média de redução da pressão provocadas pela prescrição de antidepressivos.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Mitos e verdades sobre o colesterol


Cardiologista responde antigas questões sobre o problema e desmistifica antigas crenças populares em relação ao assunto:

Vamos  lembrar dos mitos e verdades sobre o assunto. Antônio Carlos Till, cardiologista e diretor da clínica Vita Check-Up Center ajuda a esclarecer antigas dúvidas dos leitores.

O colesterol alto pode ser combatido só com medicamentos? Mito.

- As duas melhores maneiras de equilibrar a dose de colesterol no organismo são a atividade física e a boa alimentação. Os medicamentos só entram na equação quando estes recursos não funcionam.

O colesterol alto é hereditário? Verdade.

- Isso não quer dizer, porém, que a pessoa com histórico do problema na família vá necessariamente apresentar este caso. O que existe é uma tendência maior no metabolismo do organismo a desenvolver a situação.

Uma pessoa obesa necessariamente tem um nível de colesterol alto? Mito.

-Na maioria dos casos é verdade, mas não é uma regra. Há pessoas obesas que comem mal e são sedentárias e que, mesmo assim, não apresentam indícios de colesterol alto.

Fazer exercícios físicos é a melhor maneira de combater o mau colesterol? Em parte.

- Sem dúvidas é a maneia mais eficaz de equilibrar o colesterol no organismo. Sem uma alimentação adequada, porém, a medida não vai ser totalmente eficaz.

Uma boa alimentação basta para o controle? Mito.

- A resposta está relacionada à pergunta anterior. Não adianta apenas ter uma boa dieta e não praticar exercícios físicos.

Álcool em pequenas doses ajuda? Verdade.

-Uma taça de vinho por dia pode aumentar o colesterol bom e diminuir a coagulação do sangue.

Crianças de até 12 anos podem ter LDL alto? Verdade.

-O ideal é que o primeiro exame de avaliação seja realizado logo aos 12 anos. Se for identificado algo anormal como a obesidade, porém, a partir dos 3 anos já é necessário um acompanhamento para evitar maiores problemas no futuro.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O lado malvado dos exercícios do bem


A trilha dos anos 80 marcava a aeróbica à la Jane Fonda. Nas décadas seguintes as barras esculpiram músculos e, depois, a qualidade de vida norteou práticas zen, como ioga e pilates. Atravessando modismos e descobertas do fitness, as academias têm um novo filão: o treinamento funcional. Seus entusiastas chegam a defini-lo como a ginástica do futuro. Mas recente posicionamento do Colégio Americano de Medicina do Esporte afirma haver poucos estudos para avaliar seus benefícios em adultos jovens. Além disso, especialistas alertam para algumas distorções do objetivo e da forma de execução dos movimentos, o que pode trazer uma série de prejuízos ao corpo.

No treinamento funcional, as máquinas de musculação dão espaço a bolas, elásticos, trampolins, halteres e o chamado bosu, uma espécie de bola cortada ao meio. Movimentos mais livres, com sustentação e equilíbrio do corpo no chão ou em objetos instáveis — como a bola ou o bosu — estão entre seus princípios. Boa parte deles, no entanto, não é novidade e alguns até chegaram a ser banidos das academias na década de 90, como o agachamento a fundo.

— Chegou-se à conclusão de que o agachamento até o calcanhar é arriscado porque aumenta a pressão nos joelhos, que já são frágeis — afirmou o professor de educação física e coordenador da assessoria esportiva Equipe Filhos do Vento, Ricardo Sartorato. — O treinamento funcional trouxe velhos fantasmas com uma nova roupagem.

método deve ser complementar

O professor de educação física Marcelo Cabral diz que exercícios funcionais são utilizados, de forma complementar, nas séries das academias. Mas ele desconfia do resultado da prática destes movimentos num método de treinamento isolado.

— O que era complementar está sendo o todo, o que é complicado — afirma.

Os estudos publicados sobre o tema apontam benefícios em casos específicos. A Associação Americana de Terapia Física informou, em 2010, o resultado positivo na recuperação de lesões do joelho. Outro, no periódico “Bristish Journal of Sports Medicine”, recomenda os exercícios para a prevenção de contusões em adolescentes esportistas.

A ideia principal dos funcionais é ajudar o corpo a enfrentar o envelhecimento, com exercícios que reativem as funções básicas, como andar, subir escada e agachar-se. Além disso, o livro “Functional training for sports”, de 2003, sem tradução para o português e um dos mais famosos sobre o assunto, diz ser um programa mais completo de movimentos e a mais eficiente forma de treinamento.

— Isso é mito. A ideia é bastante sedutora e até parece coerente, mas assim dá a impressão de que outros métodos não trabalham todo o corpo — critica Cabral. — Não há problema nenhum neste tipo de treinamento, desde que seja preservada a segurança. Frequentemente, com a intenção de simular movimentos do cotidiano, são vistos exercícios com amplitudes e posições potencialmente perigosas. Isto é injustificável porque expõe a pessoa ao risco e, pior, sem a certeza de bons resultados.

É preciso ter força, equilíbrio e coordenação

Ainda segundo Cabral, diversos exercícios comumente utilizados no treinamento funcional são úteis quando a pessoa tem um déficit funcional, como, por exemplo, em idosos que já apresentam dificuldade em movimentos do cotidiano ou nos que sofreram lesões articulares e que precisam recuperar a coordenação dos músculos.

Nas academias, o treinamento começou a ser feito no início dos anos 2000 com indivíduos que se recuperavam de contusões, mas rapidamente foi adotado pelos fãs de musculação.

— Este tipo de treinamento trabalha o corpo em superfícies instáveis e deve usar cargas mais baixas. Mas o que acontece é que o modismo leva praticantes a não pensar nos aspectos funcionais. Eles se preocupam com o ganho de massa, com a estética, que precisa de intensidade de carga. Isto é prejudicial ao corpo — explica Ricardo Sartorato.

As séries de funcionais das academias também demandam força, equilíbrio e coordenação motora do praticante. Os iniciantes em atividade física não têm estas habilidades muito desenvolvidas, o que pode levar à prática dos exercícios de forma errada. O resultado é o efeito reverso: eles acabam provocando lesões nas lombares e nos joelhos.

— O que o aluno não vê é que as contusões acontecem por prática repetitiva, demorando às vezes meses ou anos para ocorrer, o que enfraquece a percepção da relação de causa-efeito. Por isso, é difícil convencer alguns alunos a abandonar movimentos perigosos que veem em revistas e programas de TV — alerta Ricardo Sartorato.