sexta-feira, 13 de julho de 2012

Exercício físico no inverno queima até 30% mais calorias


O friozinho do inverno é um convite para ficar mais tempo na cama e, mais ainda, bem longe da academia. Mas poucos sabem que esta época é a melhor do ano para praticar atividades físicas. Fazer exercício no frio pode aumentar em até 30% a queima de calorias. É o que garante o pesquisador Luis Carlos Oliveira, do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs), órgão ligado à Secretaria estadual de Saúde de São Paulo. Segundo o especialista, o clima mais ameno leva o corpo a precisar queimar mais calorias para manter-se aquecido.

— Além de ser saudável e apresentar menos riscos à saúde, as atividades tornam o coração menos vulnerável a doenças crônicas não transmissíveis, responsáveis por cerca de 300 mil de óbitos no país — defende Oliveira.

Outra consequência é o aumento do apetite. Quanto maior a sensação de frio, maior a fome. Isso ocorre porque, para manter a temperatura básica do organismo, o metabolismo precisará acelerar o seu funcionamento, o que pode ser até cinco vezes o normal.

Ainda de acordo com o pesquisador, no inverno, as pessoas ingerem um número maior de alimentos com grande quantidade de gordura, como chocolate quente, feijoada, sopa; por isso, segundo ele, é importante praticar os exercícios, lembrando sempre da importância do alongamento antes das atividades, que podem evitar lesões musculares mais graves.

— Mas não podemos generalizar, pois os resultados dependem da quantidade e da intensidade do exercício, e principalmente de uma alimentação adequada —completa Oliveira.

Ele lista alguns cuidados necessários antes de fazer exercícios com as baixas temperaturas:

· Mesmo com o clima frio, o ideal é usar roupas leves, como calça e casaco de moletom. Abafar o corpo com muita roupa faz eliminar sais minerais em excesso, o que não é saudável;

· O corpo em repouso leva mais tempo para atingir a temperatura ideal para a atividade física, por isso é importante aquecer e alongar;

· Hidratação antes, durante e depois do exercício é essencial, pois, assim como no verão, o corpo perde líquido através da transpiração.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Anvisa alerta para risco de consumo de suplemento alimentar

Órgão suspende a venda do Oxielite Pro, produto que pode causar dependência, insuficiência renal, falência do fígado e alterações cardíacas

O consumo de alguns suplementos alimentares pode causar graves danos à saúde das pessoas. É o que alerta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em informe publicado nesta terça-feira, que ainda suspendeu a distribuição, divulgação, comércio e uso do Oxielite Pro, com medida válida em todo país.

De acordo com a Anvisa, o produto, fabricado por empresa desconhecida, possui a substância dimethylamylamine (DMAA) na composição. O DMAA é um estimulante usado, principalmente, no auxílio ao emagrecimento, aumento do rendimento atlético e como droga. Essa substância, que tem efeitos estimulantes sobre o sistema nervoso central, pode causar dependência, além de outros efeitos adversos, como insuficiência renal, falência do fígado e alterações cardíacas, e pode levar à morte. No Brasil, o comércio de suplementos alimentares com DMAA é proibido.
Na última semana, a Anvisa incluiu o DMAA na lista de substâncias proscritas no país, fato que impede a importação dos suplementos que contenham a substância, mesmo que por pessoa física e para consumo pessoal. Além do Oxielite Pro, o DMAA é encontrado na composição de suplementos alimentares, como Jack3D e Lipo-6 Black.

— O forte apelo publicitário e a expectativa de resultados mais rápidos contribuem para uso indiscriminado dessas substâncias por pessoas que desconhecem o verdadeiro risco envolvido — afirma o diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Anvisa, José Agenor Álvares.
O alerta da Anvisa ressalta, ainda, que muitos desses suplementos alimentares não estão regularizados junto à agência e são comercializados irregularmente no país. Segundo o diretor da Anvisa, são produtos fabricados a partir de ingredientes que não passaram por avaliação de segurança.

— Esses suplementos contém substâncias proibidas para uso em alimentos como: estimulantes, hormônios ou outras consideradas como doping pela Agência Mundial Antidoping — explica Álvares.
As regras da vigilância para produtos importados
A regulamentação sanitária brasileira permite que pessoas físicas importem suplementos alimentares para consumo próprio, mesmo que esses produtos não estejam regularizados na Anvisa. Entretanto, esses suplementos não podem ser importados com finalidade de revenda ou comércio ou conter substâncias sujeitas a controle especial ou proscritas no país, como é o caso do DMAA.

Cada país controla esses produtos de maneira específica e, em muitos casos, não são realizadas avaliações de segurança, qualidade ou eficácia antes da entrada desses suplementos no mercado.

O caso dos produtos brasileiros

No Brasil, alimentos apresentados em formatos farmacêuticos (cápsulas, tabletes ou outros formatos destinados a serem ingeridos em dose) só podem ser comercializados depois de avaliados e registrados junto à Anvisa antes de serem comercializados. De acordo com o diretor da Anvisa, produtos conhecidos popularmente como suplementos alimentares não podem alegar propriedades ou indicações terapêuticas.
— Propagandas e rótulos que indicam alimentos para prevenção ou tratamento de doenças ou sintomas, emagrecimento, redução de gordura, ganho de massa muscular, aceleração do metabolismo ou melhora do desempenho sexual são ilegais e podem conter substâncias não seguras para o consumo — alerta Álvares.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Andar mais ao longo do dia ajuda a evitar diabetes tipo 2, diz estudo

As conclusões de um novo estudo feito na Universidade de Washington, nos Estados Unidos, reforçam a ideia de que a prática de atividade física, mesmo em intensidade leve, já é benéfica à saúde e pode ajudar a evitar uma série de doenças. Segundo a pesquisa, pessoas que não fazem exercícios e que apresentam maiores riscos de ter diabetes tipo 2  podem reduzir essas chances andando mais ao longo do dia. Os resultados foram publicados na edição desta semana do periódico Diabetes Care.

De acordo com os autores, outros estudos já associaram o fato de um indivíduo andar mais com uma redução do risco de diabetes tipo 2. No entanto, eles não especificavam quanto tempo uma pessoa deve andar para que isso aconteça. Eles indicam que o ideal é que uma pessoa dê ao menos 10.000 passos ao dia — e caminhe uma distância total equivalente a cerca de oito quilômetros.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores pediram que 1.826 pessoas que não tinham diabetes ou doenças cardiovasculares usassem um pedômetro — aparelho que conta quantos passos um indivíduo dá a cada dia — durante uma semana. Um quarto dos participantes apresentou níveis muito baixos de atividade física: eles davam, em média, 3.500 passos diariamente; e metade dessas pessoas andava menos do que 7.800 passos.

Após cinco anos desde o início do estudo, foram registrados 243 casos de diabetes tipo 2. Depois de ajustar os dados com outros fatores, como idade, tabagismo e histórico da doença na família, os pesquisadores concluíram que as pessoas que caminhavam mais eram 29% menos propensas a ter diabetes do que aquelas que caminhavam menos do que 3.500 passos.

Os especialistas explicam que os benefícios da atividade física leve ou moderada são válidos apenas para as pessoas que são sedentárias e decidem começar a se exercitar. Isso não significa, portanto, que indivíduos que estão mais acostumados a praticar atividades possam reduzir a intensidade delas.