segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Hábito de pular o café da manhã faz o cérebro buscar gordura


O cérebro fica ávido por alimentos calóricos quando se começa o dia em jejum, segundo uma nova pesquisa. Exames de imagem com 21 pessoas com peso normal mostraram que o hábito de pular o café da manhã fez com que elas comessem mais na hora do almoço.

Os pesquisadores do Imperial College London ficaram curiosos sobre o que acontecia no cérebro para alterar o tipo de comida escolhido, então mostraram a estas pessoas fotos de alimentos calóricos enquanto elas eram colocadas no aparelho de ressonância magnética. Em alguns dias, os voluntários não tomaram café da manhã antes do exame e, em outros, foram alimentados com uma refeição de 730 calorias no início do dia, uma hora e meia antes do exame.

Os resultados, apresentados na conferência Neurociência 2012, mostraram que o cérebro mudava a resposta às fotos de alimentos calóricos — mas não às dos alimentos magros — quando o café da manhã tinha sido pulado. A parte do cérebro envolvida no apelo à comida, o córtex orbitofrontal, ficava mais ativa quando o estômago estava vazio, segundo a pesquisa.

Quando o almoço era oferecido no fim dos exames, os voluntários comiam 20% mais calorias se tivessem começado o dia em jejum. os nutricionistas ouvidos acreditam que o café da manhã esteja relacionado à estabilização dos níveis de açúcar, que nos mantém “na linha”.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Nova pesquisa e eventos na semana do Combate e Prevenção da Osteoporose


Na semana em que é lembrado o Dia Mundial de Combate e Prevenção da Osteoporose (20 de outubro), a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso) divulga os dados de uma pesquisa preocupante: seis em cada 10 brasileiras acreditam que o consumo de apenas um copo de leite por dia pode prevenir a osteoporose.
De acordo com a associação, a quantidade equivale a um terço do mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

— A pesquisa traz uma contribuição importante para a sociedade, especialmente para nós especialistas. Um alerta de que é preciso ampliar e massificar informações sobre o papel da alimentação saudável para a saúde óssea e a prevenção da osteoporose — explica o ginecologista Bruno Muzzi, presidente da Abrasso.

Realizada pelo IBOPE, a pesquisa reuniu mais de 2 mil mulheres em todo o Brasil e indica que a prevenção da osteoporose ainda é incipiente no país. Mais de 60% das brasileiras não ingere as três porções de leite e derivados indicadas para prevenir a osteoporose. Segundo a Abrasso, a falta de preocupação com a doença pode favorecer o aumento no número de casos.

— É importante investirmos em campanhas de conscientização da doença e apresentarmos formas possíveis de obter os nutrientes necessários para a promoção da saúde óssea — diz Muzzi.
De acordo com a entidade, o mais preocupante são as afirmações de mulheres entre 16 a 44 anos sobre a prevenção. De acordo com o estudo, 60% têm a ideia errada de que tomar apenas um copo de leite por dia é suficiente para se manterem saudáveis e, consequentemente, prevenir a osteoporose. O problema também aparece nas mulheres com mais de 45 anos de idade que, mesmo conhecendo a doença, não sabem que a prevenção deve ser iniciada na infância. Para 70% delas, os cuidados devem começar somente na fase adulta, principalmente a partir dos 40 anos; 89% delas também não relacionam a menopausa como fator de risco associado à osteoporose. Outras 36% se incomodam muito pouco ou não se preocupam com o desenvolvimento da doença no futuro. Paralelamente aos hábitos alimentares inadequados, não há uma preocupação em relação à prática de atividade física, importante fator para promoção da saúde óssea em todas as fases da vida. Das entrevistadas, 72% se colocou na categoria sedentária.

Esses dados fortalecem a percepção dos especialistas de que a osteoporose, apesar de mais conhecida do grande público, é vista ainda como algo distante da população. Outro fator que pode contribuir para isso é a crença errada de que a osteoporose é uma doença que causa dores. Para 96% das entrevistadas, a visita ao médico só deve ser feita ao sentir dor .

— É uma percepção errada, pois se trata de uma doença silenciosa — garante Muzzi.
Mas não são só as mulheres que sofrem desse mal. De acordo com a Abrasso, mesmo em proporção bem menor, doença silenciosa atinge também os homens e é tão perigosa quanto a hipertensão. Atualmente, cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil tem osteoporose, sendo que a relação é de 10 mulheres com a doença para cada homem.
De acordo com o Muzzi, estima-se que a cada três segundos ocorra uma fratura em consequência da doença em algum lugar do planeta.

— Após os 50 anos de idade, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens sofrerão pelo menos uma fratura no resto de suas vidas — alerta.
Para reforçar a importância da prevenção da osteoporose, algumas ações estão sendo programadas:

No Rio de Janeiro, o público pode participar de uma palestra realizada pelo endocrinologista Paulo Gustavo Lacativa. O encontro é gratuito e acontece nessa sexta-feira (19), às 14h, no auditório do CCBR, que fica na Rua Mena Barreto 33, em Botafogo. Tel: (21) 2527-7979. Na ocasião será distribuído gratuitamente um livreto da Federação de Pacientes de Osteoporose (Fenapco) com informações sobre a doença, conselhos para prevenção e dicas com várias receitas com alimentos a base de cálcio. O CCBR também oferece o exame gratuito de densitometria óssea para mulheres a partir dos 60 anos.

Em São Paulo, a edição 2012 da campanha nacional de conscientização popular “Seja Firme Forte - Osteoporose” distribui cartilhas informativas nos principais pontos da cidade.
Nesta sexta-feira (19): Das 13h às 16h, no Centro de Referência do Idoso da Zona Norte (Rua César Zama 1, Santana);

No Sábado (20): Das 9h às 12h, no Prédio Gazeta (avenida Paulista 900), e no Vão do Masp (Avenida Paulista 1.578); das 13h às 16h, no Metrô Ana Rosa (Avenida Conselheiro Rodrigues Alves com a Rua Domingos de Morais), no Metrô Paraíso (Rua Vergueiro com a Rua Correia Dias), e na Escola Paulista de Medicina (Rua Pedro de Toledo com a rua Napoleão de Barros);
No domingo (21): Das 9h às 12h, no Parque Trianon (Portão 4, em frente ao Masp, Avenida Paulista 1.578); das 13h às 16h, no Parque Villa Lobos (Avenida Prof. Fonseca Rodrigues 2001, em Pinheiros).

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Exercícios melhoram a memória de pacientes após AVC


Exercícios melhoram a memória, linguagem, pensamento e a tomada de decisões após um acidente vascular cerebral (AVC). É o que demonstra estudo de pesquisadores do Instituto de Reabilitação de Toronto.

Segundo o trabalho, apenas seis meses de atividades físicas podem melhorar diversos sentidos em até 50%. Durante teste realizado com 41 pessoas, pesquisadores descobriram também que a proporção de pacientes com comprometimento cognitivo leve caiu de 66% para 37% após o período de exercícios.

Os pacientes seguiram uma aeróbica adaptada e treinos de força durante cinco dias por semana, durante seis meses. Exercícios, basicamente, que imitavam a rotida diária normal, como caminhadas, levantamento de pesos e agachamentos.

— As pessoas com deficiências cognitivas após o AVC têm um risco de morte três vezes maior — declara Susan Marzolini, autora do estudo. — Se pudermos desenvolvê-las através de exercícios, poderão se tornar, também, padrão de atendimento para pessoas que passaram pelo problema.