Os esportes dividem-se em quatro categorias, cada uma delas com diferente grau de cuidados para o adolescente:
• Anaeróbios: são os exercícios em que o praticante corre e pára várias vezes. Exemplos: futebol, basquete, vôlei, tênis e handebol. Uma partida de futebol entre adolescentes não deveria ultrapassar os 60 minutos, contra os 90 do jogo oficial. É evidente que os jovens não levam isso em conta e jogam durante horas, se puderem. Mas é o que diz o manual médico. Em tese, os excessos praticados nesses jogos não têm conseqüências drásticas.
• Aeróbios: são as modalidades que trabalham os músculos usando a respiração na produção de energia. Exemplos: corrida, ciclismo, natação, dança e ginástica aeróbica. Não há problema algum em correr e andar de bicicleta livremente, mas para competições a idade mínima recomendada é 14 (ciclismo) e 16 anos (corrida).
• Exercícios de resistência: são os que trabalham principalmente a força muscular. Entram nessa categoria a musculação e a ginástica olímpica. A musculação já foi inteiramente proibida para jovens na idade do crescimento. Hoje é permitida para maiores de 15 anos, mas com a restrição de peso. O excesso de carga pode levar ao endurecimento das articulações e, dessa forma, causar a interrupção precoce do processo de crescimento.
• Exercícios de resistência de alto risco: o objetivo é trabalhar a força dos músculos de forma intensa para ganhar massa muscular. Exemplos: o fisiculturismo, o levantamento de peso e o boxe. São contra-indicados para adolescentes. "O ideal é esperar o fim da fase de crescimento para começar a se preocupar com o ganho de massa muscular", diz o ortopedista Francisco Vanor Cruz, especialista em medicina do esporte do Hospital Uniclinic, em Fortaleza. "Antes disso, o garoto não tem corpo de homem e os ossos não estão consolidados."
Nenhum comentário:
Postar um comentário