quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Exercício diário de 15 minutos pode render 3 anos de vida

Fazer apenas 15 minutos de exercício moderado por dia pode acrescentar três anos na vida de uma pessoa, indicou uma pesquisa em Taiwan.

A maioria das pessoas tem dificuldades para manter a recomendação de 30 minutos diários de exercício, cinco dias por semana, e especialistas esperam que ao identificar uma dose menor, mais pessoas estarão motivados a levantar do sofá.

O pesquisador Chi Pang Wen, do Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde de Taiwan, disse que dedicar 15 minutos do dia a formas moderadas de exercício, como um andar mais acelerado, poderia beneficiar a todos.

"É para homens, mulheres, jovens e idosos, fumantes, pessoas saudáveis e não tão saudáveis. Médicos, quando atendem a qualquer tipo de paciente, esse é um conselho que serve para todos", disse Wen.

Wen e seus colegas, que publicaram suas descobertas na revista médica "The Lancet" nesta terça-feira, acompanharam cerca de 416 mil pessoas durante 13 anos, analisando seus históricos de saúde e os níveis de atividade física realizados em cada ano.

Depois de considerar as diferenças de idade, peso, sexo e uma série de outros indicadores ligados à saúde, eles descobriram que os que faziam apenas 15 minutos de exercícios moderados por dia aumentavam a expectativa de vida em três anos, comparados àqueles que permaneciam inativos.

"Nos primeiros 15 minutos... os benefícios são gigantescos", disse Wen.

O exercício diário também está ligado à uma incidência menor de câncer, e parece reduzir as mortes ligadas ao câncer em uma em cada dez pessoas.

"Cedo ou tarde, as pessoas vão morrer, mas comparado com o grupo inativo, o grupo que faz um pouco de exercício tem uma redução de 10% na mortalidade por câncer", diz Wen.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Hipertensão arterial começa na infância e adolescência

A maior parte dos diagnósticos de hipertensão arterial ocorre em pacientes com idade avançada.

No entanto, estudos evidenciam que a doença se inicia na infância ou adolescência.

Com base no pressuposto de que a pressão arterial elevada na infância pode acarretar em hipertensão na vida adulta, pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) avaliaram fatores associados à enfermidade em 1.125 crianças e adolescentes, de 7 a 14 anos, da rede pública de ensino de Salvador.

Os resultados, publicados na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, apontaram uma alta prevalência de pressão arterial (14,1%), sendo 4,8% de hipertensão e 9,3% de pré-hipertensão.

Prevenção na infância

Para os pesquisadores, o espaço escolar deve ser o ambiente favorecedor de ações de promoção de estilo de vida saudável, evitando que milhares de jovens desenvolvam prematuramente, em especial, doença arterial coronariana e vascular encefálica.

Para os pesquisadores, o espaço escolar deve ser o ambiente favorecedor de ações de promoção de estilo de vida saudável, evitando que milhares de jovens desenvolvam prematuramente, em especial, doença arterial coronariana e vascular encefálica.

"Verificou-se que a prevalência de pré-hipertensão e hipertensão em crianças e adolescentes é maior entre aqueles com excesso de peso, do sexo feminino e com consumo alimentar inadequado", comentam os pesquisadores. "A detecção precoce dessas alterações pode contribuir para o desenvolvimento de programas de saúde de caráter preventivo, com enfoque na mudança de estilo de vida, voltada para a promoção de saúde, evitando-se que milhares de jovens desenvolvam prematuramente doença arterial coronariana e acidente vascular encefálico".

Sobrepeso e obesidade

Os dados também indicaram uma grande ocorrência de sobrepeso e obesidade de 12,6% nos participantes da pesquisa, sendo que 8,7% dos entrevistados apresentaram circunferência da cintura acima do recomendado e 35,7% eram fisicamente inativos. Segundo os pesquisadores, os participantes com excesso de peso mostraram ter cerca de três vezes mais chances de apresentarem pré ou hipertensão arterial.

O índice elevado de crianças e adolescentes acima do peso, de acordo com os estudiosos, pode ser explicado pelas modificações nutricionais no estilo de vida da população brasileira nos últimos anos.

Essas mudanças favoreceriam o aumento do consumo de alimentos industrializados, a alimentação fora de casa e a substituição das refeições tradicionais pelos lanches, o que acarretaria no elevado consumo excessivo de sal, produtos gordurosos, açúcares simples, doces e bebidas açucaradas, além da diminuição do consumo de frutas, verduras e cereais integrais.

"Embora as evidências indiquem que a adoção de estilo de vida saudável constitua base fundamental para a prevenção e o tratamento dos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis, o desafio atual se constitui na execução de estratégias eficazes, duradouras e viáveis no campo da saúde pública que conduzam a adoção desse estilo de vida em crianças e adolescentes", destacam os pesquisadores. "É possível que o espaço escolar seja o ambiente favorecedor de ações de promoção de estilo de vida saudável, como alimentação adequada e atividade física, evitando que milhares de jovens desenvolvam prematuramente, em especial, doença arterial coronariana e vascular encefálica".

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Como vencer a depressão e manter a pratica de exercícios físicos

Movimente-se! Pois sua vida pode depender disso; é o que sugerem numerosos estudos, que têm identificado o exercício como um fator chave na redução dos sintomas da depressão.

Uma pesquisa recente, por exemplo, descobriu que, em comparação à idade, raça, sexo, índice de massa corporal, colesterol, pressão arterial e diabetes, é o estilo de vida sedentário de uma pessoa deprimida que, sozinho, responde por aproximadamente 25% do risco de morte relacionada ao coração.

O maior problema é que, quando você está deprimido, a última coisa que você quer fazer é exercício. Dado o desespero, letargia, insegurança, esgotamento, desinteresse, e vergonha experimentados com a depressão, a sugestão de exercício parece adicionar insulto à injúria.

Saber que o exercício poderia ajudar, mas sentir-se incapaz de fazer atividades muitas vezes contribui para autorrecriminações e baixa autoestima em pessoas com depressão. Parece que quanto mais você vê os outros se exercitando, mais parece impossível que você o faça.

Dada a recente discussão dos prós e contras de medicamentos e tratamentos para a depressão, é importante que as pessoas tenham informações e opções alternativas em mãos. Parece também importante fazer qualquer coisa que possa funcionar para você.

Se você gostaria de se exercitar, mas acha impossível, aproveite algumas sugestões:

Não pense em “exercício”, pense em movimento com motivação

Não se compare com o vizinho que corre trinta quilômetros por dia. Comece com um plano simples de se mover, fazendo-o em seu tempo e ligado a algo que você ama. - Estacione e caminhe: se tem uma loja que você gosta de fazer compras, comece movimentando-se lentamente, parando seu carro um pouco mais longe da porta a cada dia. Você vai se surpreender.

:: Fale com um amigo - chame alguém para andar com você, nem que for um quarteirão. Mas permita-se parar e voltar atrás. Você está no comando.

:: Se apoie - há poder e motivação na companhia de outros, especialmente pessoas que têm uma agenda semelhante à sua. Se você não tem um vizinho com quem possa caminhar, que tal ir a pé até a casa de um amigo querido para conversar com ele?

:: Ouça um livro - passeie em torno do seu quintal, seu quarteirão ou em um lugar seguro para ouvir um áudio livro por 10 minutos. Apenas ouça o livro enquanto caminha, limpa a casa, etc.

:: Tenha outro motivo - um homem começou a caminhar em uma esteira enquanto assistia reprises de shows que ele amava; seu primeiro objetivo não era se exercitar.

:: Ouça música - a música tem um forte impacto sobre a estimulação cerebral. Se você ama certa música, coloque seus fones de ouvido e seu tênis. Comece a se mover; dance, passe aspirador, caminhe, ande de bicicleta. Escolha uma música agitada.

:: Visualize uma recompensa - ande toda manhã até a padaria. Pense o caminho todo no café e pãozinho que você pretende comprar.

Não se exercite por sua causa: ajude alguém que você ama

Muitas vezes saltamos de prédios em chamas por aqueles que amamos. Ajudar seus filhos, netos, sócios, animais de estimação, pode ser a motivação que faz do pensamento do exercício necessário e, portanto, possível.

Exemplo: uma jovem viúva com dois filhos em idade escolar era “arrastada” do sofá pelos pupilos até um parque nos primeiros meses após a morte de seu marido. Apesar de sua relutância e queixas, o passeio sempre valia a pena.

Também, uma análise recente de 73 estudos descobriu que a atividade física reduziu significativamente os sintomas de depressão, ansiedade, sofrimento psíquico, baixa autoestima e distúrbios emocionais em crianças e adolescentes na faixa etária de 3 a 17 anos.

Melhore o romance

Muitos casais descobrem que a única oportunidade de estar longe de todos, da interrupção das mídias sociais e do barulho do mundo é caminhando de manhã, após o jantar, etc. É uma maneira de ficarem juntos. Muitas vezes, um ou outro não vai querer ir. Assim, um pode estimular o outro e os dois sempre aproveitarão esse momento – e se exercitarão.

Recompense seu animal de estimação

Ninguém questiona os benefícios que os animais de estimação trazem. Um deles é que as pessoas que possuem animais de estimação tendem a ser mais saudáveis e menos deprimidas, e uma das razões para isso é levá-los para passear.

Quando estamos deprimidos, no entanto, mesmo isso pode parecer muita coisa. É muito mais fácil simplesmente abrir a porta e deixá-lo sair, mas a necessidade de companhia e o carinho que seu bichinho precisa pode ser algo que lhe torne disposto a empurrar-se para fazer. Se for assim, todos ganham.

Qualquer um que já sofreu de depressão conhece o medo de nunca se sentir melhor. Mesmo o menor passo que você der, no entanto, é um antídoto para esse grande desespero. Você merece o melhor, e deve tentar.