Movimente-se! Pois sua vida pode depender disso; é o que sugerem numerosos estudos, que têm identificado o exercício como um fator chave na redução dos sintomas da depressão.
Uma pesquisa recente, por exemplo, descobriu que, em comparação à idade, raça, sexo, índice de massa corporal, colesterol, pressão arterial e diabetes, é o estilo de vida sedentário de uma pessoa deprimida que, sozinho, responde por aproximadamente 25% do risco de morte relacionada ao coração.
O maior problema é que, quando você está deprimido, a última coisa que você quer fazer é exercício. Dado o desespero, letargia, insegurança, esgotamento, desinteresse, e vergonha experimentados com a depressão, a sugestão de exercício parece adicionar insulto à injúria.
Saber que o exercício poderia ajudar, mas sentir-se incapaz de fazer atividades muitas vezes contribui para autorrecriminações e baixa autoestima em pessoas com depressão. Parece que quanto mais você vê os outros se exercitando, mais parece impossível que você o faça.
Dada a recente discussão dos prós e contras de medicamentos e tratamentos para a depressão, é importante que as pessoas tenham informações e opções alternativas em mãos. Parece também importante fazer qualquer coisa que possa funcionar para você.
Se você gostaria de se exercitar, mas acha impossível, aproveite algumas sugestões:
Não pense em “exercício”, pense em movimento com motivação
Não se compare com o vizinho que corre trinta quilômetros por dia. Comece com um plano simples de se mover, fazendo-o em seu tempo e ligado a algo que você ama. - Estacione e caminhe: se tem uma loja que você gosta de fazer compras, comece movimentando-se lentamente, parando seu carro um pouco mais longe da porta a cada dia. Você vai se surpreender.
:: Fale com um amigo - chame alguém para andar com você, nem que for um quarteirão. Mas permita-se parar e voltar atrás. Você está no comando.
:: Se apoie - há poder e motivação na companhia de outros, especialmente pessoas que têm uma agenda semelhante à sua. Se você não tem um vizinho com quem possa caminhar, que tal ir a pé até a casa de um amigo querido para conversar com ele?
:: Ouça um livro - passeie em torno do seu quintal, seu quarteirão ou em um lugar seguro para ouvir um áudio livro por 10 minutos. Apenas ouça o livro enquanto caminha, limpa a casa, etc.
:: Tenha outro motivo - um homem começou a caminhar em uma esteira enquanto assistia reprises de shows que ele amava; seu primeiro objetivo não era se exercitar.
:: Ouça música - a música tem um forte impacto sobre a estimulação cerebral. Se você ama certa música, coloque seus fones de ouvido e seu tênis. Comece a se mover; dance, passe aspirador, caminhe, ande de bicicleta. Escolha uma música agitada.
:: Visualize uma recompensa - ande toda manhã até a padaria. Pense o caminho todo no café e pãozinho que você pretende comprar.
Não se exercite por sua causa: ajude alguém que você ama
Muitas vezes saltamos de prédios em chamas por aqueles que amamos. Ajudar seus filhos, netos, sócios, animais de estimação, pode ser a motivação que faz do pensamento do exercício necessário e, portanto, possível.
Exemplo: uma jovem viúva com dois filhos em idade escolar era “arrastada” do sofá pelos pupilos até um parque nos primeiros meses após a morte de seu marido. Apesar de sua relutância e queixas, o passeio sempre valia a pena.
Também, uma análise recente de 73 estudos descobriu que a atividade física reduziu significativamente os sintomas de depressão, ansiedade, sofrimento psíquico, baixa autoestima e distúrbios emocionais em crianças e adolescentes na faixa etária de 3 a 17 anos.
Melhore o romance
Muitos casais descobrem que a única oportunidade de estar longe de todos, da interrupção das mídias sociais e do barulho do mundo é caminhando de manhã, após o jantar, etc. É uma maneira de ficarem juntos. Muitas vezes, um ou outro não vai querer ir. Assim, um pode estimular o outro e os dois sempre aproveitarão esse momento – e se exercitarão.
Recompense seu animal de estimação
Ninguém questiona os benefícios que os animais de estimação trazem. Um deles é que as pessoas que possuem animais de estimação tendem a ser mais saudáveis e menos deprimidas, e uma das razões para isso é levá-los para passear.
Quando estamos deprimidos, no entanto, mesmo isso pode parecer muita coisa. É muito mais fácil simplesmente abrir a porta e deixá-lo sair, mas a necessidade de companhia e o carinho que seu bichinho precisa pode ser algo que lhe torne disposto a empurrar-se para fazer. Se for assim, todos ganham.
Qualquer um que já sofreu de depressão conhece o medo de nunca se sentir melhor. Mesmo o menor passo que você der, no entanto, é um antídoto para esse grande desespero. Você merece o melhor, e deve tentar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário