O café da manhã é uma refeição fundamental para despertar, começar bem o dia
e acelerar o metabolismo. Mas muitos brasileiros pulam essa parte, vão direto
para o trabalho e “enganam o estômago” até a hora do almoço.
Para destacar os benefícios do café da manhã, que neste feriado de 7 de
setembro pode ser tomado com mais calma, o Bem Estar desta quarta-feira recebeu
o endocrinologista Alfredo Halpern e o nutrólogo e pediatra Mauro Fisberg.
Os médicos falaram sobre as características ideais do primeiro prato do dia e
como esse hábito se forma ainda na infância. Também explicaram por que ficar
muito tempo em jejum pode engordar, ao invés de emagrecer. Isso ocorre porque a
grelina, hormônio da fome, aumenta muito em longos períodos de privação
alimentar, e aí as pessoas comem mais depois, para compensar.
De Norte a Sul do Brasil, o cardápio do café da manhã varia muito. Os
repórteres das afiliadas da Globo foram conferir o que a população serve à mesa
assim que acorda. Em uma enquete aqui no nosso site, perguntamos o que não pode
faltar: o pão venceu, com 26% dos votos. Logo em seguida vieram o café e o
leite, com 25% e 23%, respectivamente.
As frutas ficaram com 8% da preferência, os biscoitos com 5%, o suco com 4% e
os cereais com 3%. Iogurte e queijo/embutidos ficaram com 2% cada. E por
último, com 1%, apareceram carne e ovos.
Pular o café pode piorar trabalhos durante a manhã, por diminuir o desempenho
intelectual e a resistência no caso de uma atividade física. Os hábitos
alimentares se formam quando o indivíduo ainda é pequeno, por isso é importante
incentivar os menores a ampliar o paladar e provar várias opções de alimentos.
Ao longo da infância, as necessidades nutricionais de vitaminas e minerais são
maiores, principalmente por causa do crescimento. Nessa fase, portanto, as
deficiências podem ser mais frequentes e suas consequências, mais sérias. Além
disso, a fome diminui a habilidade da criança em responder aos estímulos
ambientais, prestar atenção e obter informações.
Diversos estudos mostram que, ao não fazer o desjejum, perde-se a oportunidade de
consumir micronutrientes, o que não é compensado em outras refeições e pode
causar prejuízos ao crescimento e ao desenvolvimento.
O leite e seus derivados são as principais fontes de cálcio, mas o consumo fica
muitas vezes restrito a um copo de leite no café da manhã. Nas outras
refeições, a ingestão costuma ser muito baixa ou até inexistente.
Na infância e na adolescência, o cálcio contribui para a formação de ossos mais
fortes e resistentes, prevenindo a osteoporose e possíveis fraturas na vida
adulta. Além disso, a substância participa de várias outras funções no
organismo, como divisão celular, contração muscular e transmissão de impulsos
nervosos.
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