sexta-feira, 27 de abril de 2012

Como as frutas vermelhas mantêm o cérebro em forma


A alta ingestão de frutas vermelhas ricas em flavonoides pode, a longo prazo, adiar a perda de memória em mulheres por dois anos e meio na idade madura. O estudo é de pesquisadores do Brigham and Women's Hospital e foi publicado hoje pelo Annals of Neurology, da American Neurological Association and Child Neurology Society.

— Entre as mulheres que consumiram duas ou mais porções de morangos ou mirtilo por semana houve diminuição de perda de memória — explicou a pesquisadora Elizabeth Devore, coordenadora do estudo.

Os pesquisadores usaram dados do Nurses' Health Study, feito com um grupo de 121.700 mulheres entre 30 e 55 anos que preencheram questionários sobre saúde e estilo de vida desde 1976. A partir de 1980 as participantes foram monitoradas a cada quatro anos sobre a frequência de consumo e, entre 1995 e 2001, a memória foi medida em mulheres com mais de 70 anos em intervalos de dois anos.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Mudança de Estação: aposte nos alimentos que aumentam a imunidade


A mudança de estações é uma das responsáveis por viroses, gripes, alergias e resfriados. Para se blindar contra tudo isso, uma boa saída é apostar nos alimentos que aumentam a imunidade.
Segundo a nutricionista Viviane Corrêa do Nascimento (SP), uma pessoa deve prestar atenção em seu estado nutricional como um todo para garantir um bom funcionamento do sistema imunológico. "É preciso que todos os dias sejam oferecidas de cinco a seis refeições, fracionadas em pequenas quantidades, com os principais nutrientes: carboidratos, proteínas, vitaminas e minerais", observa a especialista.
Abaixo, ela listou algumas propriedades que devemos incluir na alimentação para darmos uma forcinha extra às nossas defesas. Confira!

Carotenóides
Ativam o sistema imunológico, logo, melhoram a defesa do organismo. São encontrados principalmente em vegetais e frutas de cores amarela, laranja e vermelha.

Probióticos
São bactérias benéficas que reforçam o sistema imune. Estão contidas em alguns tipos de iogurtes, leite fermentado ou em forma de suplementos.

Vitamina E
Quando ingerida, melhora a resposta imunológica e também é considerada um antioxidante. Está presente em alguns óleos vegetais, como o de milho, o de soja e ainda no azeite de oliva.

Vitamina C
Tem ação antioxidante e melhora os efeitos da vitamina E, regenerando sua ação quando ocorrem formações de radicais livres. Têm efeitos benéficos principalmente em infecções respiratórias e nas gripes. São fonte de vitamina C: laranja, acerola, limão, abacaxi, mexerica, entre outras frutas ácidas.

Ômegas 3 e 6
Têm como principal função a regulação de algumas células imunológicas. Esses nutrientes estão presentes em peixes e castanhas, como as nozes, castanha do Brasil e caju.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

TPM: Tempo Para Malhar

Irritabilidade é um dos principais sintomas da TPM. Uma boa dica para dar um up no seu humor é fazer aulas para cima, como dança de salão. O exercício é um excelente aliado para trazer um pouco de prazer e alegria quando tudo parece pior do que está. 

Irritabilidade, depressão, vontade de comer chocolate e ficar deitada, espinhas, cólicas, dores nas costas. Toda mulher sentiu pelo menos uma vez na vida os sintomas da indesejável TPM (Tensão Pré Menstrual). No entanto, a vida não pode parar, você tem de continuar a trabalhar fora, cuidar dos filhos e da casa e ainda não demonstrar sinais de fraqueza para seu chefe.

Exercícios físicos podem melhorar e muito tais sensações desconfortáveis. Veja algumas modalidades que podem ajudar a controlar a TPM, segundo o site FitSugar:

Inchaço: o inchaço em demasia no abdômen é sempre desconfortável. Nestes momentos evite usar leggings ou outras roupas que pressionam demais a região na hora que for malhar. Ofereça a si mesma um pouco de conforto com calças larguinhas e que não comprimam sua barriga. Além disso, essas roupas vão disfarçar aquele barrigão que você abomina quando está de TPM.

Cólicas: em algumas mulheres quando há contração do útero, é normal haver a ocorrência de cãibras. Se você não pode ficar deitadinha em sua cama com aquela bolsa de água quente que se torna a sua melhor amiga, a dica é: mexa-se. Exercícios aeróbicos como caminhar, correr, andar de bicicleta e nadar fazem com que seu coração bombeie mais sangue, além de liberar endorfinas, que aliviam o desconforto e ajudam a eliminar as cãibras. Se a dor for muito intensa, tente algumas posturas de ioga para amenizar as cólicas.

Seios doloridos: seios doloridos dão a sensação de que o peito pesa uma tonelada. A melhor maneira é usar um sutiã ou top esportivo que vai segurar seus seios, evitando que eles se mexam demais e causem dor. Nestes dias evite fazer exercícios de pular ou que oferecem algum tipo de pressão nos seios para não piorar a dor.

Fadiga: tem dias que só de pensar em levantar da cama faz com que você desanime de malhar? Mas não! Faça exercícios leves, com ritmo mais fraco, menos distância ou modalidades de baixo impacto, como a ioga. Não adianta malhar intensamente se seu corpo está pedindo justamente o contrário.

Mau humor: irritabilidade é um dos principais sintomas da TPM. Uma boa dica para dar um up no seu humor é fazer aulas para cima, como zumba ou dança de salão. O exercício é um excelente aliado para trazer um pouco de prazer e alegria quando tudo parece pior do que está.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Quase metade dos brasileiros está acima do peso, indica pesquisa.


A população brasileira está ficando cada vez mais gorda. Pelo menos 64% dos brasileiros lutam com a balança, sendo 48,5% com excesso de peso e 15,8% com obesidade. A proporção de pessoas acima do peso no país aumentou 5,8 pontos percentuais de 2006 a 2011, enquanto o percentual de obesos subiu 4,4 pontos no mesmo período. Os números foram divulgados ontem pelo Ministério da Saúde, que realizou de janeiro a dezembro do ano passado a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), com 54 mil adultos em todas as capitais. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reconheceu que a situação preocupa:
— Agora é a hora de virar o jogo para não chegarmos a países como os Estados Unidos, que tem mais de 20% de sua população obesa. Temos que ter maior oferta de produtos industrializados saudáveis. No tocante aos supermercados, por exemplo, o objetivo é tornar alimentos saudáveis mais visíveis.
Enquanto o Brasil tem 15,8% da população obesa, o Chile tem 25,1%, a Argentina tem 20,5% e os EUA, 27,6%. Segundo Padilha, o foco do combate ao problema ficará nas crianças e adolescentes. Embora os homens estejam mais acima do peso do que as mulheres, o problema atinge ambos os sexos. Os quilos extras começam a se acumular ainda na juventude, e a questão se agrava à medida em que a idade avança. Entre os homens, o excesso de peso atinge 29,4% dos que têm entre 18 e 24 anos, 55% daqueles com 25 a 34 anos e 63% dos homens de 35 a 45 anos. Já entre as mulheres, 25,4% das jovens de 18 a 24 anos estão acima do peso. A proporção aumenta para 39,9% entre mulheres de 25 a 34 anos e chega a 56% dos 45 aos 54 anos.
— Quem não tinha poder de compra e hoje tem, em vez de escolher uma fruta, compra salgadinho. Para mudar este padrão de consumo, é preciso fazer uma campanha muito forte nas escolas, na indústria e também junto às famílias — comenta a presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), Rosana Radominski.
Dieta tem excesso de gordura e açúcar
De fato, os hábitos alimentares dos brasileiros estão longe do recomendável. Apenas 30,9% consomem frutas e verduras cinco ou mais vezes por semana, como indicado pela Organização Mundial da Saúde. Para piorar, 34,6% comem carnes gordas e 29,8% tomam refrigerantes frequentemente. A boa notícia é que o velho clássico da cozinha brasileira continua presente na mesa: 69,1% comem feijão cinco ou mais dias na semana. O grau de escolaridade também influencia os hábitos alimentares: frutas e hortaliças estão presentes no cardápio de 44,5% das pessoas com 12 anos de estudo ou mais. O percentual cai para 27,5% entre quem estudou até oito anos.
A persistirem as tendências reveladas pela pesquisa, teremos nos consultórios de oncologistas mais casos de cânceres de rim, intestino, pâncreas, vesícula, endométrio, mama e esôfago, estima Fábio Gomes, nutricionista da área de Alimentação, Nutrição e Câncer do Instituto Nacional do Câncer. Estas doenças estão relacionadas com alimentos com alta densidade energética, como biscoitos recheados, e bebidas açucaradas. Além disso, o excesso de peso e a obesidade são fatores de risco para diabetes e doenças cardíacas.
O comportamento que precisa mudar, no entanto, não está só à mesa. O presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Airton Golbert, encontra mais culpados. Ele destaca, por exemplo, a violência urbana, que deixa crianças e adultos por mais tempo em casa.
— As crianças antes brincavam em terreno baldio a qualquer hora, hoje têm dia certo para se exercitar na aula de esporte.
O estresse e a queda da qualidade do sono também fazem as pessoas comerem mais e pior, mostram estudos recentes.
— Trata-se de uma batalha que estamos perdendo. A vida moderna tem fatos, facilidades e comodismos que fazem as pessoas se mexerem menos, ficarem mais tempo em frente à TV e ao computador — pondera o endocrinologista Alfredo Halpern.
Apesar dos resultados, o brasileiro demonstrou estar mais ativo. No ano passado, os totalmente sedentários eram 14% . Há três anos, número chegava a 15,6%.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Mitos e verdades sobre a fadiga


A revista americana on-line WebMD publicou uma série de dicas que podem esclarecer dúvidas e ajudar a melhorar a disposição de quem anda cansado para além do normal. Veja a seguir:

O que é bom para aliviar sua fadiga? Tirar várias sonecas ao longo do dia, caminhar por 30 minutos ou beber café?
Caminhar por 30 minutos. Atividade aerobica regular e moderada, como caminhar, é um bom modo de aliviar o cansaço. Cafeína pode lhe dar energia de imediato, mas não é uma solução. Se ingerida em excesso (e esta quantidade varia de pessoa para pessoa), ela pode fazê-lo ficar insone à noite e sonolento durante o dia. É por isso também que o melhor, em geral, é evitar as sonecas: pode ser que na hora de se deitar você não esteja cansado o suficiente para dormir se tiver descansado durante o dia.

É preciso ficar oito horas na cama, mesmo que não se durma todo esse tempo?
É melhor dormir, por exemplo, seis horas bem do que ficar mais tempo na cama se revirando para lá e para cá. Se você acordar e ainda for muito cedo, tente ler à meia-luz e volte para a cama se ficar sonolento. Mas não durma até mais tarde por isso, sob pena de ver seu horário de dormir ficar de pernas para o ar.

Se você decide parar de trabalhar porque está cansado demais, o que deve fazer a seguir?
É tentador ficar em casa, debaixo das cobertas, mas pode ser ainda melhor cumprir sua rotina normalmente. Por outro lado, se se sentir realmente mal, peça ajuda no trabalho. Você pode conversar com seu patrão sobre um horário mais flexível ou sobre trabalhar em casa; isso vai ajudá-lo a se recuperar ao mesmo tempo em que se mantém ativo. Se continuar a se sentir exausto, consulte seu médico.

Quando, mesmo exausto, você não consegue dormir à noite, o que deve fazer?
Não descanse na cama ao longo do dia, nem fique na cama até mais tarde de manhã. Tente manter uma rotina relaxante perto da hora de se deitar, tendo a certeza de que seu quarto está escuro e confortável o suficiente, evite fazer exercícios físicos até quatro horas antes de dormir e evite cafeína, álcool e refeições pesadas à noite.

A fadiga está sempre relacionada ao esforço demasiado?
Não. Pode ser que você não esteja dormindo bem à noite em consequência de males como depressão, mononucleose, anemia, problemas de tireoide ou no fígado e artrite reumatoide. Se você já tentou estabelecer uma rotina mais tranquila e mesmo assim não consegue dormir bem, procure seu médico.

Quando você está exausto, mas ainda há muito a fazer, como proceder? Mandar tudo às favas para descansar ou continuar executando suas tarefas?
O melhor é priorizar: faça primeiro o que for mais importante ou o que tem um prazo mais curto para ser feito. Assim, se você não conseguir fazer tudo, paciência. Você não ficará frustrado, porque ao menos o que era essencial foi feito. O resto fica para depois.

Você vai receber amigos em casa mas está totalmente sem energia. O que fazer?
Se você se sente cronicamente cansado, conte à sua família e a seus amigos o que está acontecendo. Eles poderão ajudar, ou, no mínimo, compreender se você estiver sem vontade de confraternizar. O importante é ouvir seu corpo: se ele estiver clamando por repouso, repouse.

Até ficar em casa lhe deixa cansado. Como proceder?
Tente simplicar sua rotina doméstica, deixando as coisas o mais organizadas e acessíveis possível. Vá de cômodo em cômodo — claro, quando estiver disposto o suficiente para isso, e certifique-se de que o você precisa está ao alcance da mão. Assim, quando precisar deles, você não perderá tempo e energia procurando-os ou precisando mexer em dezenas de outras coisas antes de pegar o que quer.

Açúcar dá energia?
Açúcar pode dar energia logo que é consumido, mas, assim que for digerido, você vai se sentir cansado de novo. Cafeína, álcool e junk food também contribuem para um estado geral de fadiga. A melhor dieta para dar disposição é a mais saudável possível.

Se você tem muito a fazer e está exausto, deve simplificar ou reduzir as tarefas?
Sim. Aprender a dizer não é importante quando você está combatendo o cansaço exagerado. Atenha-se às atividades mais importantes e mais agradáveis. Reveja suas prioridades.

O que você come interfere na sua energia?
Sim. Comida muito temperada, especialmente se ingerida perto da hora de dormir, pode afetar seu descanso, pois pode causar má digestão e azia. Alimentos ricos em fibras, como muitas frutas e vegetais, ajudam a absorver açúcar, que é necessário para que você se sinta bem (em porções moderadas, diga-se). As fibras ajudam inclusive equilibrar a energia, o que vai evitar que você sinta picos de vitalidade alternados com total exaustão. E beba bastante água: manter-se hidratado ajuda o organismo a funcionar bem.

Tarefas que exigem esforço físico, como muitas das domésticas, deixam-no exausto. E agora?
Divida sua atividade física em blocos de 15 ou 20 minutos, e, entre eles, relaxe. Desta forma, você se sentirá melhor e seu trabalho renderá melhor.

Às vezes, você esquece o que ia fazer. É grave?
É normal ficar um pouco esquecido quando se está fatigado. Procure se organizar recorrendo a calendários, listas, agenda, o que for melhor para você. Quando for ao médico, mencione estes episódios de esquecimento. E, se desconfiar de que eles estão sendo muito frequentes, adiante sua consulta.

Os remédios de que preciso me deixam cansado. Devo substituí-los?
Alguns medicamentos nos fazem ficar sonolentos, o que pode piorar a sensação de cansaço ao longo do dia. Mesmo se for este o caso, só deixe de tomar o remédio ou tente substituí-lo após conversar com seu médico.

Vitamina B, um copo de vinho, um café da manhã reforçado, comidas ricas em ômega-3 e ácidos graxos. Estas coisas ajudam a melhorar o cansaço?
Algumas mudanças na dieta pode realmente renovar as energias, entre elas passar a ingerir mais alimentos que são fonte de ômega-3 e ácidos graxos, como alguns frutos do mar, nozes e vegetais folhosos e verde-escuros. Alimentos que têm muita vitamina B, como ovos, carnes magras e laticínios também ajudam. E, sim, é importante começar o dia com um café da manhã que tenha proteínas e carboidratos. Álcool, por outro lado, pode deixar a pessoa sonolenta

Desidratação, ou pouca hidratação, deixa a pessoa cansada?
Sim. Quando seu corpo recebe pouca água, ele não funciona bem. Mas não é qualquer líquido que hidrata: café e refrigerantes são bem menos eficientes do que água.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Vida saudável poderia evitar metade dos cânceres existentes

Metade de todos os cânceres poderia ser evitada se as pessoas adotassem estilos de vida mais saudáveis, afirmaram cientistas americanos.


O tabagismo é responsável por um terço de todos os casos de câncer nos Estados Unidos e até três quartos dos casos de câncer de pulmão no país poderiam ser evitados se as pessoas não fumassem, destacaram em artigo publicado na revista "Science Translational Medicine".

Estudos científicos já demonstraram que muitos outros tipos de câncer também seriam evitados, seja com vacinas --como as disponíveis contra o HPV (víru papilomavírus humano) e a hepatite, que podem provocar câncer de colo do útero e de fígado-- ou com proteção contra a exposição ao sol, que pode causar câncer de pele.

O conjunto da sociedade deve reconhecer a necessidade destas mudanças e levá-las a sério na tentativa de desenvolver hábitos mais saudáveis, alertaram os pesquisadores.

"É hora de investirmos em aplicar o que sabemos", disse a principal autora do artigo, Graham Colditz, epidemiologista do Centro Oncológico Siteman da Universidade de Washington, no Missouri.

Praticar exercícios, comer bem e não fumar são hábitos chave para evitar quase a metade das 577.000 mortes por câncer nos Estados Unidos previstas para este ano, um número superado apenas pelas doenças cardíacas, acrescentou o estudo.

Mas os especialistas destacaram uma série de obstáculos para as mudanças de hábito em uma sociedade na qual, segundo estimativas, foram diagnosticados mais de 1,6 milhão de casos de câncer este ano.

Entre os obstáculos, destacaram o ceticismo de que o câncer pode ser evitado e o hábito de intervir tarde demais para deter ou prevenir um tumor maligno já instalado.

Além disso, grande parte das pesquisas sobre o câncer se concentra no tratamento no lugar da prevenção, e tende a ter uma visão de curto prazo no lugar de um enfoque de longo prazo.

"Os seres humanos são impacientes e esta característica humana, em si, é um obstáculo para a prevenção do câncer", ressaltou o estudo.

As grandes diferenças de renda entre as classes sociais altas e as baixas, que fazem com que os pobres tendam a ficar mais expostos a fatores de risco do que os ricos, complicam ainda mais o panorama.

"A contaminação e a delinquência, o transporte público deficiente, a falta de parques para brincar e fazer exercícios e a ausência de supermercados com alimentos frescos dificultam a adoção e a prática constante de um estilo de vida que reduza ao mínimo o risco de câncer e outras doenças", destacou o estudo.

"Assim como nos outros países, a estratificação social nos Estados Unidos exacerba as diferenças de estilo de vida, como o acesso a cuidados de saúde, a prevenção especial e os serviços de detecção precoce", informaram os especialistas.

"As mamografias, os exames de cólon, o apoio para a dieta e a nutrição, os recursos para parar de fumar e os mecanismos de proteção solar simplesmente estão menos disponíveis para os pobres", acrescentaram.

Isto significa que qualquer tentativa de superar as profundas desigualdades sociais deve ser apoiada por mudanças de política, disse outra autora do estudo, Sarah Gehlert, da Escola de Trabalho Social e da Escola de Medicina da Universidade de Washington.

"Depois de trabalhar em saúde pública durante 25 anos, aprendi que se quisermos mudar a saúde, temos que mudar as políticas", acrescentou.

"Uma política restrita sobre o tabaco é um bom exemplo. Mas não podemos fazer a mudança de política por nossa conta... O que se requer é uma massa crítica de pessoas para falar com mais firmeza sobre a necessidade de uma mudança", acrescentou.