quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Para mergulhar de cabeça


Um estudo apresentado nesta terça-feira (30) no Congresso Cardiovascular Canadense mostrou que os exercícios feitos dentro de piscinas têm os mesmos benefícios aeróbicos e provocam menos desgaste do que as atividades praticadas fora d’água.
Para a pesquisa, pessoas saudáveis fizerem testes em bicicletas ergométricas dentro e fora da água. As pessoas que usaram uma bicicleta ergométrica imersa numa piscina tiveram um treino equivalente às que praticaram o mesmo exercício fora da água.

— Se você não pode treinar em terra, pode treinar na água tendo os mesmos benefícios aeróbicos — garante o Dr. Martin Juneau, diretor de prevenção do Instituto do Coração de Montreal.

De acordo com Dr. Juneau, o mito de que os exercícios dentro d’água fazem menos efeitos do que os praticados fora dela foi por ralo abaixo. Ele relata que o consumo máximo de oxigênio, indicador de um bom treino, foi praticamente o mesmo nas duas atividades.
Dr. Mathieu Gayda, fisiologista do Instituto do Coração de Montreal, que também participou do estudo, acrescenta:

— Os exercícios praticados dentro d’água podem ser ainda mais eficientes do ponto de vista cardiorrespiratória — afirma.

Considerando o número de pessoas que têm dificuldade de fazer atividades em terra, a opção de praticá-las na água é um fato promissor, lembrou Dr. Juneau. De acordo com o especialista, a natação pode ser ainda o melhor exercício de todos, pois apresenta benefícios como a baixa tensão de movimento e menor possibilidade de lesão.
Segundo a Fundação do Coração e Derrame, 85% dos canadenses não praticam os 150 minutos de atividades físicas por semana, conforme o recomendado. As pessoas fisicamente ativas podem reduzir o risco de ataques cardíacos em até 55%, além de reduzir as chances de desenvolver várias outros males, como o stress.

— Mesmo que se tenha dificuldade para se exercitar, há sempre soluções, como mostra esse estudo. Nunca é muito tarde ou muito difícil de fazer uma mudança no estilo de vida — Dr. Beth Abramson, porta-voz da Fundação do Coração e Derrame.


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