quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Correr reduz a depressão pela metade


Assim confirmou o doutor Trivedi, diretor do programa de pesquisa sobre transtornos do humor da Universidade Southwestern, do Texas: correr três vezes por semana é tão eficaz quanto os antidepressivos.

Pela primeira vez uma equipe conseguiu demonstrar que a prática de exercícios aeróbicos durante 30 minutos ao menos três dias na semana diminui quase pela metade os sintomas de uma depressão moderada. Esta impressionante descoberta é especialmente importante para os 150 milhões de pessoas em todo o mundo que sofrem com o mal. E tem mais, apenas 23% dos afetados buscam tratamento para a doença e só 10% recebe a terapia adequada.

A pesquisa observou, durante três anos, 80 pessoas, de 20 a 45 anos, com sintomas moderados de depressão. Os participantes foram divididos em quatro grupos distintos que realizavam exercícios em diferentes intensidades.

Os indivíduos que praticaram exercícios aeróbicos de maneira moderada ou intensa - cerca de 30 minutos - durante três a cinco dias por semana, experimentaram uma redução de 47% de seus sintomas depressivos após 12 semanas.

Por outro lado, nos participantes que realizaram atividade física de menor intensidade três dias na semana, os sintomas de depressão diminuíram cerca de 30% e no grupo que realizou exercícios de flexibilidade durante 15-20 minutos, a porcentagem foi de 29%.

Esta positiva resposta, graças aos exercícios, experimentada pelos pacientes com depressão é comparável aos resultados obtidos com medicamentos antidepressivos ou mesmo à terapia de comportamento cognitivo, explicam os investigadores.

Por exemplo, num estudo realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental nos Estados Unidos, ficou comprovado que a diminuição dos sintomas depressivos era de cerca de 36% e no caso da terapia com remédios, uma redução de aproximadamente 42%.

Ainda que existam numerosos tratamentos para fazer frente à depressão, muitas pessoas ainda custam a procurar ajuda porque muitas vezes há preconceito e o estigma social relacionado a esse tipo de doença. O exercício oferece um tratamento alternativo para estes pacientes e, além do mais, pode ser recomendado a quase todos eles, porque não geram efeitos colaterais maléficos.

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